Agronegócio
Feira de aves e coelhos vai até este sábado
Evento acontece na Associação Rural de Pelotas, das 10h às 18h
Jô Folha -
O retorno da feira de coelhos e aves, após dois anos de proibição, está sendo um sucesso. Organizado pela Associação Avícola do Rio Grande do Sul (Sargs), o evento começou no dia 24 e vai até o próximo sábado. Cerca de 180 animais de 30 a 40 espécies estão sendo expostos e vendidos na Associação Rural de Pelotas, onde acontece a feira. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento é das 10h às 18h.
O movimento mais intenso foi no último fim de semana. "Tinha gente circulando o dia inteiro", comenta João Bergmann, membro da Sargs. Criador de aves e coelhos desde 1970, ele é um dos três expositores do evento. Até esta quarta-feira, ele estima que 2,5 mil pessoas tenham passado pelo pavilhão. Pequenos produtores com interesse em melhorar e ampliar suas criações e famílias com crianças são o principal público encontrado nos corredores.
Às vésperas da Páscoa, o coelho tem bastante procura. Quase todos os de porte pequeno já foram vendidos. Filhotes e animais maiores ainda são encontrados na feira. Além deles, aves como marrecos, galos e pavões também chamam a atenção do público. O aposentado João Vargas foi à exposição e se impressionou com a diversidade das espécies. "Descobri a feira por acaso, quando estava passando aqui na frente. Fiquei curioso e resolvi entrar", conta.
Animais que chamam a atenção, como o faisão, também estão expostos. "Eles eram famosos por ser o alimento de reis e rainhas", explica João. O galo músico, bastante requisitado em estados como a Bahia e Minas Gerais, podem ser conferidos. O diferencial desses animais é seu canto, que é mais longo. Em alguns lugares do Brasil existem competições com este tipo de animal, mas a prática não é muito comum no Rio Grande do Sul, segundo Bergmann.
Bom negócio
O criador também aconselha usar os animais para consumo próprio ou venda. O coelho, por exemplo, é uma boa opção pela velocidade em que se reproduz. Duas fêmeas e um macho são capazes de produzir 72 filhotes em um ano. Para os jovens, animais deste tipo podem ser sinônimo de responsabilidade. "Eu comecei no ramo quando ainda era criança. Fui fazendo meu dinheiro, conseguia comprar roupas, sair. É bom para preencher o tempo e não pensar em bobagem", aconselha.
Dois anos sem atividades
No Rio Grande do Sul, a exposição de aves estava impedida devido ao perigo da gripe aviária havia dois anos. Os produtores de Pelotas se reuniram para tentar reverter a situação e, no início do mês, conseguiram. A preparação para o evento levou em torno de duas semanas.
Agora, o foco deve ser a Expofeira. Os dez associados remanescentes da Sargs, que já chegou a ter 40 membros, estão se preparando para voltar a participar da exposição.
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